
O relatório, desenvolvido no âmbito da iniciativa EMiNC [Envolvimento Masculino em Iniciativas de Cuidado], analisa o envolvimento dos pais (homens) na prestação de cuidados em três países: Itália, Portugal e Espanha.
Embora muitos homens afirmem participar ativamente na prestação de cuidados diários, subsiste uma diferença de perceção significativa: 74% dos homens pais acreditam que a prestação de cuidados é partilhada equitativamente, mas apenas 51% das mães concordam. Os resultados mostram que as mães continuam a suportar a maior parte dos cuidados e da carga doméstica, muitas vezes à custa do seu bem-estar e das suas oportunidades profissionais.
Simultaneamente, o relatório salienta o papel vital que os homens pais desempenham no desenvolvimento das crianças – um maior envolvimento paterno está associado a laços emocionais mais fortes, melhores resultados de aprendizagem e melhor bem-estar a longo prazo para as crianças. O relatório apela a reformas políticas robustas – tais como licenças parentais pagas a 100% e não transferíveis para os pais (homens) – e a investimentos em serviços para a primeira infância que envolvam ativamente os homens. Campanhas públicas e redes locais de apoio são também essenciais para mudar as normas e expectativas.
Promover práticas de cuidado exercidas homens não é apenas uma questão de igualdade de género – é uma estratégia fundamental para garantir que todas as crianças prosperem desde o início.